No
meu diário infestado de pensamentos
Quem
o lesse não veria nada.
Por
que nada havia mesmo ali.
Meu
dia-a-dia impressionante preenchia as folhas,
Que
de espaços vazios desapontavam a curiosidade.
As
emoções que me atordoavam ali não se viam,
Não
entendiam, não compreendiam.
Por
que nada havia mesmo ali.
“Querido
Diário”, hoje eu conheci um cara,
Tão
bonito e gentil, de imediato me apaixonei.
A
escola sempre o mesmo tédio,
E
em minha mente só se encontrava belos olhos verdes,
Desse
cara que eu conheci.
Chegando
a casa as brigas continuam a perturba-me.
Tranco-me
no quarto aos choros, com uma caneta em mãos;
Escrevo,
escrevo, escrevo,
E
nada importa o que esteja ali.
Deito-me,
pensando em cabelos loiros como o sol,
Desse
belo cara que eu conheci.
No
meu diário infestado de bobeiras adolescentes,
Quem
o lesse não veria graça.
Por
que de interessante nada havia ali.
Minha
semana mal preenchiam as folhas,
Que
de tantos rabiscos irritavam o curioso.
Verdadeiras
emoções não eram escritas ali,
Assim
ninguém me entenderia, compreenderia.
Por
que de verdadeiro nada havia.
“Querido
Diário”, hoje eu sai com aquele cara,
Encantador
e sedutor, e de novo me apaixonei.
A
escola eu não frequentei hoje,
Por
que em minha mente só restava à lembrança do beijo,
Desse
cara que sai.
Chegando
a casa as brigas não me perturbam mais.
Tranco-me
no quarto aos risos, com uma caneta em mãos;
E
penso, penso, penso.
E
nada de importante para por em ti.
Deito-me,
lembrando a sensação das mãos em meu corpo,
Desse
belo cara que sai.
No
meu diário agora só restava à capa,
Quem
o encontrasse não veria folhas.
Por
que de estúpido me fez querer arrancar,
Aquela
baboseira gastando folhas brancas.
Que
de tão ruim espantava o curioso.
Só
porcaria, ilusão e tempo perdido se encontravam ali.
Ninguém
entenderia ou compreenderia; ninguém ligaria.
“Querida
vida”, aquele cara não prestava,
Arrogante
e mentiroso aos poucos me surgiram o ódio.
Da
escola fui expulsa.
Por
que meu tempo escolar foi trocado por um cretino.
Desse
cara que infelizmente conheci.
Chegando
a casa o silêncio dos que se foram me traz pânico.
Tranco-me
no quarto aos prantos, com uma caneta em mãos.
E
penso, e choro, e penso, e faço.
Desesperadamente
perfurando fortemente a garganta.
Caindo
enfim no chão, sentindo o alívio da dor.
Dessa
miserável vida que me despedi.
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